Diabetes e hipertensão arterial: qual é a relação?

Agosto 18, 2021 por Ana Lucia Lemos0
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A diabetes e a hipertensão arterial são duas doenças crônicas que preocupam os profissionais de saúde do mundo inteiro, afinal, os sintomas normalmente são “silenciosos” e podem surgir apenas quando ambas as condições já estão em estágio avançado.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) cerca de 12 milhões de brasileiros são acometidos pela doença. Já segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 30% dos brasileiros são hipertensos.

Ambas as doenças podem apresentar sérios riscos à saúde, principalmente quando o paciente apresenta as duas enfermidades: é diabético e hipertenso. Tanto a diabetes quanto a hipertensão arterial estão associadas ao sedentarismo e à má alimentação, portanto, suas causas e fatores de risco são semelhantes.

Acompanhe a leitura e saiba mais sobre cada uma dessas condições e a relação entre elas.

O que é a hipertensão arterial?

Mais conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial se caracteriza pelos altos níveis da pressão arterial, quando está acima de 140/90 mmHG. 

Nesse sentido, o volume de sangue que é bombeado pelo coração realiza uma espécie de pressão na parede interna dos vasos sanguíneos, fazendo com que os vasos criem uma resistência à passagem de sangue, ocasionando assim, no aumento da pressão.

Na maioria dos casos, a hipertensão não apresenta sintomas. No entanto, quando eles surgem, é comum sentir:

  • Dores de cabeça e no peito;
  • Tonturas;
  • Visão turva;
  • Zumbidos no ouvido.

O diagnóstico da doença é confirmado através de exames como eletrocardiograma, colesterol total e urina.

Tabagismo, sedentarismo, idade avançada, estresse e colesterol alto são alguns fatores de risco para a hipertensão arterial.

Sem um tratamento adequado, a doença pode levar a graves complicações de saúde, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, doença renal, aneurisma arterial e insuficiência cardíaca. Portanto, é fundamental seguir as orientações do médico e fazer uso dos medicamentos necessários.

O que é a diabetes?

A diabetes mellitus é uma doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, causado por uma alteração na produção de insulina no pâncreas. A principal função da insulina é controlar a entrada de glicose nas células do organismo, portanto, a sua falta pode gerar um acúmulo de glicose ocasionando em uma hiperglicemia.

Confira também – Hiperglicemia: saiba os principais riscos à saúde

A diabetes pode ser classificada em: diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2. Saiba mais sobre cada uma delas.

Diabetes tipo 1

A diabetes tipo 1 é uma doença autoimune que pode ser causada por fatores hereditários ou ambientais. Este tipo da doença predomina em apenas 5% dos diagnósticos e é causado pela produção insuficiente de insulina no pâncreas.

No diabetes tipo 1 os sintomas costumam surgir na infância. Porém, há casos em que só aparecem na infância ou na vida adulta. São eles:

  • Boca seca ou sede constante;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Cansaço;
  • Visão turva;
  • Aumento do apetite;
  • Perda de peso.

Diabetes tipo 2

A diabetes tipo 2 é a forma mais comum de diabetes e pode surgir em qualquer idade. Neste tipo de diabetes a produção de insulina acontece, no entanto, não funciona de maneira adequada, acontecendo a chamada “resistência à insulina”. Sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, má alimentação e hipertensão podem contribuir para o surgimento da doença.

Sobretudo, o ponto central da diabetes tipo 2 concentra-se em uma alimentação altamente calórica, rica em açúcares, carboidratos refinados e gorduras.

A longo prazo, a diabetes pode causar complicações na circulação de sangue e no funcionamento de órgãos como rins, coração, nervos e olhos. Por isso, é fundamental monitorar diariamente os níveis de glicose no sangue, além de realizar exames de rotina com frequência.

Hipertensão Arterial X Diabetes: entenda a relação entre essas doenças

A diabetes e a hipertensão arterial se relacionam entre si por diversos motivos. As causas e os fatores de risco são os principais deles. Tanto a obesidade, quanto o sedentarismo contribuem para o surgimento e piora de ambas as doenças. 

Os tratamentos não medicamentosos, os quais envolvem mudança de hábitos, alimentação saudável e a prática de exercícios físicos, também são indicados em ambas as condições.

Há estudos que comprovam que pessoas com diabetes têm maiores chances de desenvolver pressão alta ao longo da vida. Isso ocorre quando há um acúmulo de glicose no sangue, causando o enrijecimento das artérias e consequentemente, um aumento na pressão arterial.

Além disso, quando associadas, ambas as doenças se transformam em fatores de risco para o desenvolvimento de problemas e doenças cardiovasculares, como infarto, por exemplo. Por isso, é fundamental seguir os tratamentos recomendados pelo médico e monitorar diariamente os níveis de glicose no sangue e da pressão arterial.

Alimentação para diabéticos e hipertensos: o que consumir e o que evitar?

A alimentação é um dos principais caminhos para tratar e prevenir a diabetes e a hipertensão arterial. Em conjunto com o uso de medicamentos receitados pelo médico e atividade física, é possível manter os níveis de glicose e da pressão arterial sob controle.

Portanto, há uma série de alimentos que podem tanto contribuir, quanto agravar o quadro de ambas as doenças. Continue a leitura e saiba quais são eles.

É importante evitar:

  • Alimentos com gorduras trans e saturadas (carnes gordurosas, margarinas, biscoitos, bolos);
  • Alimentos ricos em sódio (molhos temperados, ketchup, shoyo, presunto, mortadela);
  • Vegetais enlatados (milho, azeitona, palmito, ervilha).

Ao invés disso, opte por:

  • Gorduras boas presentes em ácidos graxos monoinsaturados (azeite, frutas oleaginosas, abacate);
  • Ômega 3 – peixes de águas frias, como atum e sardinha;
  • Leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico).

O nutricionista é o profissional mais indicado para auxiliar com uma dieta balanceada, de acordo com o nível de diabetes ou hipertensão do paciente. Além de reduzir o risco de desenvolver quadros mais graves, a dieta com auxílio desse profissional pode proporcionar uma maior qualidade de vida e bem-estar.

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