Gordura no fígado: conheça as causas da esteatose hepática
Conhecida pelo seu nome científico, esteatose hepática, a gordura no fígado é uma condição que vêm se tornando cada vez mais comum na população em geral. Com o surgimento de diversos exames, como as ultrassonografias de abdômen, por exemplo, ficou mais fácil diagnosticar esta condição.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% da população é acometida pela gordura no fígado. A condição também pode ocorrer na infância e é mais comum em mulheres.
O fígado exerce mais de 500 funções fundamentais para o organismo. O aumento de gordura nos hepatócitos (células do fígado), pode gerar uma inflamação capaz de evoluir para quadros mais graves, como: cirrose hepática, hepatite gordurosa ou câncer.
A esteatose hepática pode ser dividida em dois grupos: Doença Alcoólica do Fígado (quando a sua origem é causada pelo excesso de álcool) e Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), quando não há uma presença significativa de álcool.
Acompanhe a leitura e conheça as causas, sintomas e opções de tratamento para a doença.
Causas da gordura no fígado
Uma das principais causas de gordura no fígado é a obesidade ou sobrepeso. No entanto, como já citado anteriormente, o consumo excessivo de bebida alcoólica também pode contribuir para a condição. Outros fatores que podem causar esteatose hepática são:
- Hepatites virais;
- Diabetes;
- Triglicerídeos elevados;
- Uso excessivo de corticoides.
Em crianças nos primeiros anos de idade, a principal causa da esteatose hepática se deve à doenças metabólicas, as quais são responsáveis por causar uma alteração no funcionamento geral do organismo. Já em adolescentes, as causas são semelhantes às dos adultos. Por isso, quanto mais cedo o tratamento for iniciado, menores são as chances de complicações no futuro.
Gordura no fígado: quais são os sintomas?
Em quadros mais leves da doença, os sintomas podem não se manifestar, surgindo apenas quando aparecerem complicações mais graves.
Os principais sintomas incluem:
- Dores no corpo;
- Cansaço;
- Fraqueza;
- Perda de apetite.
Em graus mais avançados da esteatose hepática, quando há a presença de inflamação, podem ocorrer outros sintomas, como:
- Ascite (acúmulo anormal de líquido no abdômen);
- Encefalopatia (doenças no cérebro);
- Confusão mental;
- Hemorragias;
- Icterícia (pele e olhos amarelados).
Diagnóstico
A ultrassonografia de abdômen é a maneira mais comum de se diagnosticar a esteatose hepática. Nesse sentido, também é possível observar um aumento do fígado em exames de tomografia ou ressonância magnética.
Além disso, o paciente pode apresentar alterações em resultados de exames de sangue relacionados ao fígado. Outra condição que pode indicar gordura no fígado é quando o paciente apresenta obesidade central, caracterizado pelo aumento do diâmetro da cintura em relação ao quadril.
Complicações
A principal complicação causada pela esteatose é a Cirrose Hepática. A Cirrose é caracterizada por lesões no fígado, trazendo complicações ao órgão e prejudicando o seu funcionamento.
A condição pode ser causada pelo excesso do consumo de álcool e por hepatites virais. Portanto, é fundamental tomar os devidos cuidados e prevenir a doença, afinal, ela não tem cura e pode causar sérias complicações. Além disso, pode contribuir para o surgimento de câncer primário do fígado e câncer primário das vias biliares.
O único tratamento definitivo para essa condição é o transplante de fígado
Tratamento para gordura no fígado
O tratamento mais significativo para a gordura no fígado é a mudança no estilo de vida, com ou sem a necessidade de um complemento medicamentoso, realizado pelo médico.
Quanto ao estilo de vida, o maior impacto para a reversão do quadro está ligada ao perfil alimentar e à prática de atividade física.
No que se refere à alimentação é fundamental reduzir ou eliminar os contaminantes alimentares como pesticidas, aditivos químicos, metais pesados, xenobióticos, além de reduzir os alimentos ultraprocessados ricos em xaropes, frutose, gorduras trans e saturadas, embutidos e álcool. Alimentos com alta carga glicêmica, principalmente nas refeições do final do dia, também devem ser evitados.
Reduzir os triglicerídeos e a perda de peso (quando em excesso), também é fundamental para a reversão do quadro.
Incluir alimentos ricos em compostos bioativos, micronutrientes, fitoativos, com alta densidade nutricional e baixa densidade energética é a estratégia nutricional ideal para a cura da esteatose hepática.
Confira também – Dicas de organização para ter uma alimentação saudável.
Dessa forma, é essencial adotar hábitos saudáveis e manter uma alimentação equilibrada como forma de prevenir e tratar a esteatose hepática.
O nutricionista é o profissional mais indicado para auxiliar com uma dieta balanceada, de acordo com o quadro do paciente. Além de reduzir o risco de desenvolver quadros mais graves, a dieta com auxílio desse profissional pode proporcionar uma maior qualidade de vida e bem-estar.
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